Nem todos entendem Bordeaux, na França, mas todos querem degustar seus vinhos. Quer saber mais sobre uma das regiões mais famosas do mundo? Confira!
Localizada no Sudoeste da França, a região de Bordeaux é o considerada o império do vinho, pelo tamanho, pelo volume que produz e pelas cifras que com frequência seus rótulos alcançam. Apesar de as propriedades serem chamadas de Château, muitas delas não possuem “castelos”. O nome Bordeaux vem de Bord de L’eau, pois o grande segredo do sucesso da região é a água.
A região se estende por 100 quilômetros de Norte a Sul e por 125 de Leste a Oeste, abrangendo 113.400 hectares de vinhedos. O clima é marítimo moderado, sendo que a proximidade com o Atlântico traz altos índices de precipitação e umidade, mas também a benéfica Corrente do Golfo, de água quente, que prolonga a temporada de crescimento das uvas.
Os vinhedos são protegidos das tempestades do Atlântico pela floresta Landes e pelas Dunas da Costa que se encontram a Oeste da região. Bordeaux é atravessada por uma rede de rios que deságuam no estuário do Gironde; esta rede de água ajuda a manter a temperatura constante e moderada.
A região é conhecida pelos vinhos de assemblage ou corte, mas isso não é obrigatório. Os brancos são basicamente de Sauvignon Blanc e Sémillon. Entre as tintas destacam-se Cabernet Sauvignon e Merlot, mas também há Cabernet Franc, Malbec e Petit Verdot.
O sucesso de Bordeaux
Três nomes foram fundamentais para a definição do estilo dos vinhos de Bordeaux e a fama que eles têm pelo mundo. O primeiro foi Philippe de Rothschild. A família adquiriu sua primeira propriedade na região em 1853; em 1933 Philippe comprou as “partes” de seus parentes e chamou de Château Baron Philippe Rothschild. Seu maior mérito foi engarrafar seus vinhos em sua própria propriedade, ao invés de passá-los a negociantes (o famoso mis en bouteille au château).
Émile Peynaud foi o segundo personagem fundamental na história vinícola de Bordeaux, pois o professor incentivou os vinhateiros a engarrafarem seus vinhos jovens sob um segundo rótulo, para destacar a qualidade do Grand Vin. Considerado o pai da enologia moderna, Peynaud também alertou para as consequências do mau manejo das uvas e do vinho, entre outras questões fundamentais ligadas à agricultura e à adega.
O terceiro nome viria a ser uma das influências de marketing mais favorável a uma região vinícola, Robert Parker. Ele escreveu artigos exaltando a safra de 1982 de Bordeaux sendo que outros críticos da época desdenhavam dela. A safra provou-se espetacular e Parker tornou-se um dos mais respeitados críticos de vinhos do mundo até através da publicação The Wine Advocate.
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